terça-feira, 23 de agosto de 2011

COMPRADORES DEVEM TER CUIDADO NA CONTRATAÇÃO DOS CORRETORES

Um dos clientes da CrediPronto , o representante comercial Ivan Vianna chegou à empresa por indicação de sua construtora após esperar por mais de dois meses que um banco avaliasse sua documentação. — Em menos de uma hora, meu crédito foi aprovado. Tenho conta no Itaú e acho que isso facilitou. Mas a verdade é que já havia ido lá, e eles mesmos me disseram que era uma burocracia danada e que eu teria dificuldades para conseguir o crédito — conta.
[O Globo - Online]

Tanta agilidade é, sem dúvida, um grande atrativo, mas é preciso tomar alguns cuidados antes da contratação desse tipo de serviço. Afinal, mesmo que não cobrem, os corretores de financiamento vão ter acesso a todos os seus documentos e deve-se ter certeza de que sejam pessoas, e empresas, idôneas.

Vice-presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio, Edécio Cordeiro lembra que a profissão ainda não é regulamentada e se houver qualquer problema, o cliente não terá onde reclamar:

— Quando o agente de financiamento é também corretor de imóveis, o cliente pode reclamar no Creci em caso de problemas. Mas quando não é, vai falar com quem? É preciso ter certeza se existe uma empresa, onde ela fica, ir a seu escritório. Pedir indicações ao corretor de imóvel também é uma garantia — diz Cordeiro.

Para ele, o surgimento da nova profissão é um sinal de amadurecimento do mercado imobiliário brasileiro:

— O agente de financiamento vem, na verdade, facilitar nossa vida, já que faz um papel que não é do corretor, mas que muitas vezes acaba sendo desempenhado por ele.
Profissional precisa ter a confiança do cliente

A relações públicas Lorena Gomes Rocha, de 26 anos, estava tendo dificuldades para conseguir a liberação de crédito nos bancos sozinha. Já tinha ido a bancos públicos e privados, onde tem conta e, ou as taxas eram muito altas, ou o crédito não era aprovado. Acabou recorrendo a uma corretora de financiamento e a liberação saiu em alguns dias:

— Ainda assim, continuei pesquisando para ver se conseguia taxas mais baixas. No fim, acabei fechando com um banco onde já tinha conta, mas através da corretora.

Atitude aplaudida pelo advogado Hamilton Quirino, especialista em direito imobiliário. Para ele, a relação de confiança com o corretor de financiamento é o mais importante.

— A situação é semelhante à de um corretor de seguros ou imóveis. Tem que ser uma pessoa que gera a confiança, de forma imparcial, sem tendência a defender o agente financeiro e deve ter pleno conhecimento jurídico da questão para explicar os riscos de cada opção — alerta Quirino.

Para dar uma garantia aos clientes, algumas empresas já estão se mobilizando para criar a Associação Brasileira de Crédito e Financiamento Imobiliário (Abracefi), que além de certificar as empresas já existentes, passaria a oferecer cursos para a formação dos profissionais, que atualmente são treinados somente pelas corretoras.

— Ainda estamos discutindo como a associação vai funcionar, mas a intenção é que ela esteja ativa já a partir de julho — diz Fábio Seabra, da Sagace, uma das empresas à frente da criação da Abracefi.
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